“O Decálogo, as “Dez Palavras” inscritas nas Tábuas do Sinai, promulga a lei fundamental, moral e religiosa da Aliança. É apresentado duas vezes (Ex 20,2-17 e Dt 5,6-18) com variantes bastante notáveis: esses dois textos provêm de uma forma primitiva, mais curta, cuja origem mosaica não é contestada por nenhum argumento de valor.” (A Bíblia de Jerusalém, pag 30 – Edições Paulinas 1981)
O Decálogo foi apresentado no conjunto dos primeiros cinco livros, chamados Pentateuco, que “…as tradições mais antigas jamais haviam afirmado explicitamente que Moisés tivesse sido o redator de todo o Pentateuco.”
“A composição desta vasta coletânea era atribuída a Moisés pelo menos desde o começo da nossa era, e Cristo e os Apóstolos conformaram-se a esta opinião (Jo, 1,45; 5,45-47; Rm 10,5).” (A Bíblia de Jerusalém, pag 26 – Edições Paulinas 1981)
No Novo Testamento, o próprio Jesus de Nazareth então, reformula a LEI. Resumindo-a com uma lógica inquestionável: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Artigo primeiro e único da Constituição da Cristandade.
A Bíblia é um conjunto de afirmações coerentes estruturadas como um todo, que surge enquanto texto escrito, inspirado pelo Espírito Santo no coração dos homens através de milênios, e contém a base de dados para todo humano que almeja a plenitude da sua existência. Antes e depois da morte do seu corpo. Tanto para o homem de ontem, de hoje ou de um ano qualquer do futuro, mesmo o mais distante.
Se imaginarmos a civilização humana daqui a milênios no futuro, a Biblia continuará como é. Porém, para manter a sua vitalidade, a sua atualidade, só se for lida com o olhar de Cristo.
Porque Cristo resolve todas as aparentes contradições do seu texto a qualquer tempo. E resolve porque Ele é o Amor.
Para os católicos, Cristo é Deus, Deus é Amor. E o Amor dará a interpretação amanhã, como deu hoje e ontem.