DOUTRINA 4

TERRA. UMA BOLA FECHADA E LIMITADA

O fato incontestável de que a Terra lotou significa que a procriação humana está adentrando um novo paradigma. A sexualidade enquanto procriação biológica passa a assumir, teologicamente, a retaguarda da outra mais importante e real perspectiva do Plano de Deus, que se encontra na Lei Moral Natural desde a sua fundação. A Procriação no Espírito.

Um compromisso que não nega, antes confirma mais uma vez as Sagradas Escrituras, porque eterna. Num salto qualitativo.

Mas a biologia humana não pode ser alterada em poucos séculos, o que quer dizer que a transformação do impulso natural à cópula demandará mais tempo que alguns séculos. E essa transformação só poderá ocorrer lentamente através de dezenas de gerações. E a cada geração um passo.

O passo hodierno é o início do processo, onde a heterossexualidade passa à função de manutenção da população de corpos e a homossexualidade, sem excluir os heterossexuais, adquire a função de procriar exclusivamente no espírito. A gama de variações da bissexualidade, que se poderia chamar de diversidade bissexual, assume a transição.

O conceito de diversidade bissexual é fácil de se apreender. Vai do absoluto bissexual – 50% de bissexualidade – tendendo para o zero percentual, onde começa a heterossexualidade de um lado e a homossexualidade do outro.

Do mesmo modo que a velha economia de Moisés, dos profetas e reis, cedeu lugar à nova economia de Jesus; o geocentrismo foi substituído pelo heliocentrismo e o criacionismo pelo evolucionismo. Assim também na ecologia, a emergente noção de pegada ecológica trará o entendimento de que a procriação biológica cede lugar à procriação no espírito, obviamente sem negar a primeira. Isso implicará um novo conceito de família, que o proprio Jesus já havia antecipado há dois mil anos. [Lucas 8, 19-21]

Portanto, a homossexualidade, uma especial reserva biológica instituída por Deus desde a criação do homem, só hoje aflora à superfície como um campo de flores germinadas de sementes adormecidas. Campos ralos nos seus primórdios medrou lentamente ao longo de milênios e hoje, neste seu momento próprio e de urgência ecológica surge à vista de todos, em todo o mundo.

A homofobia é o temor de que esse campo florido cresça ao ponto de não deixar espaço para a heterossexualidade. Um temor de quem tem pouca fé. Como poderia Deus permitir isso? Como poderiam esses campos floridos continuar a enfeitar os campos do Senhor não fossem as árvores frutíferas da heterossexualidade?

Porque as sementes daqueles campos são geradas nas flores dessas árvores, assim como as sementes dos heterossexuais são geradas nos seus frutos. E ambas as sementes germinam na Terra. A Árvore da Vida é assim pródiga. E essa não é a Árvore do Bem e do Mal, ao contrário.

A Árvore da Vida foi diligentemente cultivada por Jesus.

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